A Net Serviços já tem a tecnologia DOCSIS 3.1 em seu horizonte, o que permitirá à empresa entregar velocidades maiores nas conexões HFC e resolver a assimetria atual em relação às taxas de download e upload no serviço da banda larga fixa. Segundo contou a este noticiário o nesta terça-feira, 21, o diretor de marketing e produtos da América Móvil Brasil, Márcio Carvalho, a conexão de cabo já entrega velocidade de 1 Gbps. A demonstração acontecerá na próxima semana, durante a ABTA 2016, em São Paulo, evento organizado pela Converge Comunicações, que edita este noticiário. “Três anos atrás, a gente demonstrou 500 Mbps em cabo e 1 Gbps em fibra. Neste ano, na ABTA, a gente está monstrando com DOCSIS 3.1 com 1 Gbps em cabo e 10 Gbps em fibra”, afirmou.
O ponto é que não apenas a tecnologia permite velocidades maiores em cima da infraestrutura já instalada na residência dos usuários, mas faz isso de forma mais econômica. “A gente consegue mostrar que a plataforma HFC está evoluindo permanentemente, com custo benefício melhor do que a fibra ótica e entregando a mesma coisa”, declara. Carvalho esclarece, contudo, que ainda não se trata de um lançamento comercial e não deu prazo para que isso aconteça.
Até 2013, a Net operava no cabo coaxial com DOCSIS 2.0 em canal único, quando então passou a utilizar a DOCSIS 3.0 com oito portadoras, o que fez a empresa dobrar a velocidade da base. No ano seguinte, também durante a ABTA, a empresa demonstrou a solução de 16 portadoras, mas ainda em 3.0, para chegar a velocidades de até 500 Mbps (que até então era oferecida apenas por meio de fibra até a residência – FTTH).
Há, entretanto, uma grande diferença nas taxas de downlink/uplink, o que a empresa promete solucionar quando enfim lançar a nova tecnologia 3.1. “Nossa rede é bastante assimétrica em relação à frequência para up e para down, então isso repercutia na oferta”, conta. “Agora a gente está falando em ampliar bastante as frequências de upload com o DOCSIS 3.1 e aí temos condições de oferecer uma solução mais simétrica.” Ele lembra que a política comercial já implanta o dobro de velocidade em vendas de combos, mas que é possível que o portfólio seja atualizado com novas velocidades nominais.
Velocidade final importa menos
Márcio Carvalho, que participou de debate durante evento Broadband Forum em São Paulo nesta terça, 21, ponderou que a velocidade acaba deixando de ser um diferencial na competição em banda larga fixa. Ele avalia que o modelo que a Net busca é justamente o da convergência de serviços, oferecendo TV e telefonia fixa pelo HFC, enquanto agrega o celular da Claro, empresa-irmã que também é controlada pela mexicana América Móvil. “Aproveitamos que temos multisserviços por única infraestrutura de forma integrada. Além disso, evoluímos na questão de outros serviços, pois hoje não é conteúdo só de aplicações (tradicionais), são de vídeo, jogos etc”, explica. Segundo comenta, a companhia está fazendo acordo “com todo mundo” para redes de entrega de conteúdo (CDNs) justamente para otimizar a conexão e melhorar a experiência do usuário. “Se deixa centralizado, há chance de a conexão ter alguma saturação, seja por roteador ou capacidade do link, então você tem de ter CDN e a política de aplicação também; a ideia é que sempre evolua”, discorre.
Fonte: http://convergecom.com.br/