O IPv6 como é chamada a versão seis do protocolo de internet, está avançando a passos largos no Brasil.
Conforme dados divulgados pelo Google, 23,6% dos usuários brasileiros de internet acessam o provedor usando o novo protocolo de endereçamento.
De acordo com os critérios do Google, essa quantia classifica o Brasil como um país em que o IPv6 está amplamente implantado, onde são apresentados poucos problemas de conexão com os sites do Google (comparado com os outros países do mundo).
Ademais, essa porcentagem alcançada pelo Brasil o coloca na primeira posição em porcentagem de rede operante em IPv6 da América Latina.
Através dessa análise, o Google pretende estimular os provedores de Internet, proprietários de websites e criadores de políticas a adotar o IPv6, visto que os endereços IPv4 estão se esgotando no mundo todo. Portanto, o NIC.br informa que os provedores não deixem de colocar IPv6 nas suas redes.
Já os dados da Akamai, apontam que o tráfego IPv6 no Brasil vem crescendo a taxas superiores a 50% ao ano.
Conforme posicionamento do SindiTelebrasil, o Brasil já ocupa o 9º lugar no mundo em adoção de IPv6 na internet. Para a entidade o crescimento se deve à rápida implantação do IPv6 pelas prestadoras de telecomunicações, que já adaptaram 100% de suas redes móveis para a oferta do endereço IPv6.
ADOÇÃO DO IPv6
A adoção do novo protocolo IPv6 foi necessária porque os endereços disponíveis para identificar cada dispositivo que acessa a internet baseados no protocolo anterior, o IPv4, se esgotaram.
Com isso, provedores de acesso e provedores de aplicação na internet precisam adaptar suas redes para viabilizar a navegação utilizando o novo padrão de endereçamento, que possui capacidade quase ilimitada.
Em Dezembro de 2017, em palestra durante a 7ª Semana da infraestrutura da internet no Brasil, Ricardo Patara, do NIC.br, destacou que o Brasil tem 91% dos sistemas autônomos com alocação IPv6, um porcentual bastante acima da média mundial de 55%.
O Brasil já está na terceira fase da política elaborada pelo NIC.br para lidar com o esgotamento dos endereços IPv4. Desde 15 de fevereiro do ano passado (2017), estão valendo as alocações iniciais de no máximo /22.
No total, cerca de 4 milhões de endereços IPv4 estão reservados, sendo que desde fevereiro aproximadamente 1 milhão de endereços foram alocados.
As prestadoras de telecomunicações fizeram a sua parte, investiram e priorizaram o ajuste de suas redes.
Além da Internet móvel, boa parte das redes que ofertam o acesso fixo à internet também já está adaptada para a oferta do novo padrão e a troca de tráfego entre sistemas autônomos utilizando o endereçamento IPv6 já está sendo praticada por todas as prestadoras de telecomunicações.
Em nota, o SindiTelebrasil, afirmou que o 9º lugar entre os países com maior tráfego de Internet em IPv6 é um resultado animador e que o Brasil precisa continuar melhorando, para tanto o setor de telecomunicações continuará investindo e fomentando a aceleração da migração para o novo padrão.
Quer saber mais sobre implantação do IPv6? Acesse o link abaixo e confira o Livro “Laboratório de IPv6” do NIC.br, disponível para download.
https://www.engenheiromarcos.com.br/2017/11/livro-laboratorio-de-ipv6/
Fonte: Convergência Digital/ Abranet/ Mhemann/ NIC.br
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