O Sistema de Cabo Atlântico Sul (SACS) é o primeiro sistema de cabos submarinos do mundo que passa pelo meio do Oceano Atlântico Sul. A travessia foi desenvolvida pela japonesa NEC Corporation, juntamente com a Angola Cables para interligar a estação de Singano (próxima de Luanda), na Angola, à estação em Fortaleza/ CE, no Brasil.
Esta ligação direta do continente africano à américa latina teve sua instalação iniciada em agosto no ano passado (2017). A equipe de instalação percorreu mais de 6,3 mil quilômetros sob o leito do Atlântico para ligar ponta a ponta do sistema.
A nova rota potencializa oportunidades para novos mercados que estão surgindo, permitindo transmissões de dados internacionais de alta velocidade e grande capacidade, o que estimulará o comércio e o crescimento econômico em ambas as regiões.
CAPACIDADE
Com intenção de atender à crescente demanda de tráfego de banda larga, móvel, radiodifusão e empresas que cruzam o Atlântico Sul, o Sistema SACS contará com as mais recentes tecnologias de transmissão óptica e cabo de 4 pares de fibra de alta qualidade, com capacidade inicial de 40Tb/s . A expectativa de que a troca de dados seja feita em até 63 milissegundos pelos 6,3 mil quilômetros da sua extensão.
O sistema, que chega à estação de cabos de Sangano, em Angola, perto da capital de Luanda, fornecerá a conectividade subsequente para o centro de dados da Angonap. No Brasil, o SACS terminará em um data center recém-construído, que foi implantado para este projeto e que conecta o Brasil aos EUA.
O EMPREENDIMENTO
O empreendimento pertence e é operado pela Angola Cables, que também gerencia o data center, em Fortaleza, de propriedade majoritária da empresa, junto com investidores locais, e a Angonap. Desta forma, Angola contará com uma conexão direta com o Brasil e com os Estados Unidos, por meio do SACS e de outro cabo, aumentando a atual conectividade entre as suas regiões, que anteriormente passava pela Europa.
O SACS foi parcialmente financiado pelo Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC), devido a um contrato de empréstimo em crédito do comprador com o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), a instituição de desenvolvimento estatal do país. O empréstimo foi co-financiado com a Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) e a Nippon Export and Investment Insurance (NEXI), fornecendo seguro para a parte financiada pelo SMBC. (Assessoria de Imprensa).
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