A Enel Distribuição junto ao Procon-SP, a Telcomp e operadoras de telecom que atuam na cidade de São Paulo, estão realizando uma operação de limpeza nos postes. O foco do grupo é a retirada das fiações irregulares/ clandestinas, em pelo menos 1800 postes nesta primeira etapa do projeto. A remoção acontecerá em todas as instalações que não possuírem contrato fechado com a distribuidora de energia que é detentora dos postes.
QUANDO E ONDE?
O termo de cooperação foi assinado na última segunda-feira, 14/10/19 e deve ser finalizado até o dia 20 de dezembro. Os trabalhos, que já iniciaram na Av. 23 de Maio, e até sua conclusão ainda envolvem as avenidas: Pedro Álvares Cabral, Brasil, Rebouças, 9 de Julho e a Rua José Maria Lisboa, passando ainda pela região do Paraíso e região da Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini.
Segundo representante da Enel em entrevista ao portal PontoISP, as empresas de telecomunicações, ocupantes das redes, terão que ordenar todos os seus cabos em seis pontos por grupo econômico. Outra medida, é que as empresas terão que instalar equipamentos em local adequado, ou seja, os cabos não devem estar em nenhuma situação emergencial, situação de risco a população ou em proximidade com rede energizada.
A distribuidora de energia atuará removendo os fios irregulares e clandestinos (que não possuem contrato com a distribuidora) para que as empresas de telecomunicações tenham espaço para adequar suas redes.
SOBRE A PAUTA
No início do mês de outubro, o governador de São Paulo, João Dória, ao lado do CEO global da Enel, Francesco Starace, anunciou um projeto de transformação de toda a rede elétrica do estado. A ideia, afirmou, é implementar mais cabos subterrâneos, novas tecnologias e inteligência artificial para eliminar postes e fios na região metropolitana da cidade.
Para esse projeto, o investimento inicial previsto é de R$ 125 milhões e a conclusão total deve levar até dois anos. Starace, por sua vez, disse na ocasião que se trata de uma jornada longa que depende do planejamento feito junto às autoridades.
O relacionamento dos provedores regionais com as distribuidoras de energia elétrica no que se refere ao uso dos postes já sofreu altos e baixos principalmente no que diz respeito à aplicação do preço de referência estabelecido pela Aneel e Anatel mas que em muitos casos não foi aplicado, o que dificultou as negociações. Está sendo aguardada para o próximo ano uma nova versão do regulamento para o compartilhamento dos postes.