Entre os dias 25  a 28 de Fevereiro, acontece o Mobile World Congress – MWC 2019. O evento é a combinação de maior exposição do mundo para a indústria móvel e uma conferência com importantes chefes executivos das operadoras móveis, fabricantes de dispositivos, provedores de tecnologia, fornecedores e proprietários de conteúdo de todo o mundo.

Algumas das soluções mais aguardadas na atualidade e principalmente na edição 2019 do evento, são as tecnologias para a implantação do 5G, Inteligência Artificial, Industria 4.0, Distupturas para Inovação, Digital Trust, Conteúdo Imersivo e uma visão para o Futuro das tecnologias. E como esperado, durante o evento, realizado em Barcelona na Espanha, estas inovações estão aparecendo a cada dia do evento.

 


ANATEL – FREQUÊNCIAS PARA O 5G

O presidente da Anatel, Leonardo de Moraes, está participando do MWC19 e nesta quarta-feira, 27/02, teve  bate-papo com um grupo de jornalistas para falar de ações da Anatel com relação a muitos dos temas vistos durante o Congresso. Uma das novidades anunciadas foi a data para venda das frequências para a 5ª Geração da telefonia móvel, o 5G. A agência colocou a previsão de vendas para março de 2020, assim as empresas terão como se organizarem para o ato desde agora.

 

“Já estou anunciando a data, para dar previsibilidade para o mercado”, disse Moraes durante entrevista.

 

A previsão, segundo Moraes, é que serão colocados à venda:
200 MHz na frequência de 3,5 GHz;
100 MHz na frequência de 2,3 GHz e 10 MHz da sobra da frequência de 700 MHz.

Lembrando que um EDITAL deverá ser lançado para consulta pública (ainda em 2019), antes de qualquer outro avanço do procedimento de vendas (provavelmente no segundo semestre). Até lá, muitas alterações nas previsões da agência podem acontecer, por isso estaremos acompanhando o avanço do tema nos pronunciamentos da Anatel.

 

MUDANÇAS NO MODELO DE EDITAL

Leonardo Moraes antecipou que este Edital terá pontos importantes para serem alterados em comparações com formatos de editais lançados anteriormente pela Anatel. A agência deverá exigir metas de cobertura para as empresas que comprarem as frequências mais baixas e também metas de capacidade para a frequência de 3,5 GHz, abordagens nunca antes realizadas pelo órgão.

MMWAVE

Outra informação apresentada, foi que a  frequência de 26 GHz, conhecida como milimétrica (mmWave), e que começa a ser vendida em outros países também para a 5G, não entrará nesta licitação. De acordo com o Presidente, estudos internos estão sendo realizados e apresentam avanços, mas não ficarão prontos a tempo para essa licitação.

Leonardo Morais também pontuou que estão sendo realizados testes para apurar o problema de interferência entre os serviços móveis e a banda C da TV via satélite, na frequência de 3,5 GHz. O presidente da agência disse que a Anatel ainda não decidiu como fará a modelagem para resolver o legado dos conversores de TV. Esses equipamentos, por não terem o certificado da Anatel, “entram” na frequência de 3,5 GHz que será vendida para as operadoras de telefonia celular.

 


HUAWEI

Um dos discursos que chamou atenção do público foi do executivo da Huawei, Guo Ping (chairman rotativo da Huawei). Ping levantou a questão de que a infraestrutura de redes é de responsabilidade de todos os players envolvidos, mas com um papel claro para as teles.

“Operadoras são responsáveis por segurança de rede, e as redes 5G são privadas. Os limites entre as redes são claros, e as teles podem se prevenir com firewalls e gateways. As operadoras podem gerenciar, monitorar e auditar os fornecedores e parceiros para garantirem que os elementos de rede são seguros”, defendeu-se. “Como provedores de tecnologia, nossa responsabilidade é atender a padrões e construir equipamentos seguros. Não operamos rede de operadora e não detemos nenhum dado. Nossa responsabilidade, e o que prometemos, é que não fazemos nada de mal. Não fazemos coisas ruins”.

 

Outro ponto alto da fala de Guo Ping, foi durante o primeiro dia do Congresso, onde o executivo tocou no assunto das acusações do governo americano vem realizando contra a gigante chinesa.

“A Huawei não tem backdoor, nunca teremos e nunca deixamos ninguém fazer isso com nosso equipamento. Levamos essa responsabilidade muito a sério.” Em sua palestra na abertura da MEC 2019 nesta terça-feira, 26, o chairman rotativo da Huawei, Guo Ping, endereçou de forma direta as acusações do governo dos Estados Unidos contra a empresa, culminando em uma espécie de guerra fria tecnológica entre o país norte-americano e a China. Mas o executivo não se limitou a se defender de forma passiva. “A acusação dos EUA sobre nosso 5G não tem nenhuma evidência, nada. A ironia é que o Cloud Act dos EUA permite que as entidades [do governo norte-americano] acessem dados transfronteiriços”, rebateu.

 

 

 

Fonte: MWC 19 | Telesíntese | MHemann


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