O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) divulgou dados da edição 2017 da pesquisa TIC Domicílios. Este estudo revela informações do acesso à internet nos domicílios em todo o brasil entre 2016 e 2017. Os números mostram o crescimento em acessos nas residências brasileiras, subindo de 54% (2015/ 2016) para 61% dos lares (2016/ 2017).

O Cetic.br é um braço do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que faz parte do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Os órgãos realizam diversos estudos e são considerados por muitos como os índices de maior precisão do setor.

Em 2017, haviam 42,1 milhões de lares conectados no país. E 65% destes domicílios têm acesso à rede.

 

Outro ponto auditado na pesquisa, foram as desigualdades por classe socioeconômica tanto em áreas urbanas ou rurais. Os números mostram que as disparidades persistem:

  • O acesso à internet está presente em 30% dos domicílios de classe D/E (proporção era de 23% em 2016) e 34% das residências da área rural (em 2016, era 26%).
  • Nas classes A e B, as proporções atingem, respectivamente, 99% e 93%.
  • 19% dos domicílios conectados não possuem computador, o que representa 13,4 milhões de residências. Essa proporção era de apenas 4% em 2014.

 

Compare com os resultados da pesquisa no ano passado: AQUI.

PREÇO

Conforme levantamentos do estudo, o preço da conexão continua sendo um dos principais motivos mencionados para a ausência de Internet nos lares brasileiros: 27% dos entrevistados afirmam que o serviço é caro.

“O dado revela ser cada vez mais essencial o investimento em infraestrutura e em políticas públicas que possibilitem que todos os brasileiros possam ter acesso à Internet em suas casas, sem distinção de classe social ou região geográfica”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

 

TIPOS DE CONEXÃO

No que diz respeito ao principal tipo de conexão, a TIC Domicílios 2017 registrou estabilidade em relação ao ano anterior. Os números que mostram que do total de residências conectadas, 64% do total respondem por conexão via banda larga fixa, e via modem ou móvel 3G ou 4G, por 25%.

A internet por banda larga fixa voltou a crescer neste último ano para o total de pesquisados. Enquanto entre 2015 e 2016 eram cerca de 23 milhões de lares conectados via banda larga fixa, neste ultimo ano este número cresceu 26,7%.

Entretanto,  o acesso móvel, continua sendo mais utilizado nos domicílios de classes D/E, onde representa 48% das conexões. Em 2016 o móvel representava cerca de 9,3 milhões de lares, em 2017 esse número passou para 10,5 milhões.

 

OS USUÁRIOS DE INTERNET

A proporção de usuários de Internet no Brasil cresceu seis pontos percentuais, passando de 61% (2016) para 67% (2017). Em números absolutos, 120,7 milhões de brasileiros acessam a rede, sendo que nas áreas urbanas essa proporção é de 71%. Ainda de acordo com a pesquisa, 87% deles usam a Internet todos os dias ou quase todos os dias. Já em relação ao dispositivo para acesso individual, mais uma vez a pesquisa aponta a preferência pelo celular, utilizado por quase a totalidade dos usuários (96%). Observou-se ainda um crescimento da televisão, utilizada por 22% dos usuários para conectar-se à Internet. Essa proporção em 2014 era de 7%.

 

DISPOSITIVOS

Já em relação ao dispositivo para acesso individual, mais uma vez a pesquisa aponta a preferência pelo celular, utilizado por quase a totalidade dos usuários (96%). Observou-se ainda um crescimento da televisão, utilizada por 22% dos usuários para conectar-se à internet. Essa proporção em 2014 era de 7%. Uma tendência que deve aumentar para diversos dispositivos com o avanço das IoTs.

A pesquisa TIC Domicílios 2017 aponta que metade da população conectada acessa a internet exclusivamente pelo telefone celular, o que representa 58,7 milhões de brasileiros. Pela primeira vez na série histórica, o estudo mostra que a proporção de usuários que acessa a rede apenas pelo celular (49%) superou a que combina celular e computador (47%).

O perfil de uso exclusivo pelo celular é mais comum entre os usuários de classe D/E (80%) e de áreas rurais (72%). Isto reflete uma realidade em que os cidadãos de baixa renda não possuem múltiplos dispositivos de acesso à internet como acontece no caso das classes A e B. Esse perfil também é superior entre as mulheres (53%) em relação aos homens (45%).

Em sua 13ª edição, a TIC Domicílios realizou entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o território nacional, entre novembro de 2017 e maio de 2018 com o objetivo de medir o uso das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.

“No Brasil, 33 milhões de usuários com renda mensal de até dois salários mínimos utilizam a Internet exclusivamente pelo celular, enquanto o uso simultâneo incluindo o computador foi realizado por 88% dos usuários da classe A. O fator socioeconômico é preponderante. Aqueles que têm a possibilidade de escolher combinam o uso de mais de um dispositivo para acessar a rede, algo crucial para o desenvolvimento de habilidades digitais, especialmente no cenário de nova economia digital”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

 

MAIORES ATIVIDADES

As atividades mais mencionadas durante o uso da internet continuam sendo o envio de mensagens (90%) e o uso de redes sociais (77%), porém o acesso a conteúdos audiovisuais tem apresentado crescimento nos últimos anos.

A proporção dos usuários de internet que assistiu a vídeos na internet ou ouviu músicas online foi de 71% em 2017, o que representa 85 milhões de pessoas. Em relação aos serviços de governo eletrônico utilizados, os mais citados foram direitos do trabalhador e previdência (28%) e educação pública (28%).

 

QUER ACOMPANHAR OS RESULTADOS DO CETIC NA INTEGRA? Acesse:

https://cetic.br/noticia/acesso-a-internet-por-banda-larga-volta-a-crescer-nos-domicilios-brasileiros/

http://data.cetic.br/cetic/explore?idPesquisa=TIC_DOM

 

 

FONTE: Cetic.br/ MHemann

 


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