Na última quinta-feira, foi lançado o primeiro satélite geoestacionário brasileiro voltado à defesa e comunicações estratégicas. Conduzido pelo foguete Ariane5 (referência mundial de cargas espaciais e maior veículo lançador europeu já fabricado), o satélite proporcionará acesso à banda larga em 100% do território nacional, segundo o governo.

Realizado do Centro Espacial de Kourou, na Guina Francesa, o lançamento foi acompanhado em Brasília pelo presidente Michel Temer e pelos ministros Raul Jungmann e Gilberto Kassab.

Segundo o centro de controles da Arianespace, a decolagem do foguete foi perfeita e agora só resta esperar os 10 dias necessários para que o satélite brasileiro chegue à sua posição final. Após essa etapa, serão realizados testes durante 30 dias para depois, em meados de junho, passar o controle operacional do satélite às forças armadas. A banda utilizada para comunicações estará disponível a partir de setembro.

Junto com o satélite brasileiro, a empresa Arianespace lançou um satélite coreano.

 SOBRE O SATÉLITE

Com capacidade de operação de 18 anos, 5 metros de altura e pesando quase 6 toneladas, o projeto do satélite brasileiro nasceu de uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações com o intuito de ampliar a oferta de banda larga no Brasil, especialmente em áreas remotas.

Adquirido pela Telebrás, o satélite vai operar nas bandas X e Ka. A primeira será destinada exclusivamente para uso militar (30% da capacidade total do satélite), enquanto a banda Ka será destinada para utilização estratégica do governo e implantação do Plano Nacional de Banda Larga, com ênfase nas áreas remotas. Todo território brasileiro será beneficiado pelo equipamento.

No total, R$2,7 bilhões foram investidos no projeto, quase o triplo da estimativa inicial feita em 2013.

 

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