Mudanças à vista

Um dos problemas enfrentados pelos pequenos provedores regionais de acesso à internet e serviços de telecomunicações é conseguir crescer. “Como o crescimento da receita implica sair do Simples, o aumento da carga tributária muitas vezes inviabiliza o negócio”, comentou Artur Coimbra, diretor do Departamento de Banda Larga do Minicom. Para tentar contornar esse problema, o salto da carga fiscal de 17%, no maior faturamento do Simples, para perto de 50%, já que muitos fiscos estaduais estão cobrando ICMS sobre internet, o governo começou a estudar uma proposta de transição tributária.

“A ideia é tornar a transição de um regime tributário para outra mais suave”, explicou Coimbra, ao participar do Encontro Provedores Regionais, realizado pela Bit Social em Montes Claros, Minas Gerais.
A mudança brusca da carga fiscal quando o pequeno provedor deixa o Simples é um dos impedimentos ao crescimento das empresas, disse Roberto Machado, que provê acesso à internet em 32 cidades do Norte de Minas. “Numa cidade como Montes Claros, que é polo regional e tem quase 400 mil habitantes, a carga sobre um provedor regional o inviabiliza”, conta ele, que atende a população da cidade com a Master. Entre assinantes de TV a cabo e de banda larga, são perto de 40 mil no município.
“Mas em cidades pequenas, de menos de dez mil habitantes, a saída do Simples pode matar a empresa”, explicou Machado, que vive o dilema de agrupar suas atividades em uma única empresa ou dividí-la em mais empresas (hoje são seis pessoas jurídicas). “Não dá pra aguentar o aumento da carga tributária, com 200 ou 400 assinantes”, explicou.
Fonte: http://www.telesintese.com.br/