54% das residências do Brasil possuem conexão via internet. Este é o principal resultado levantado pela pesquisa TIC Domicílios 2016, realizada pelo Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Computação) e apresentada hoje, terça-feira (05).

O Cetic.br é um órgão vinculado ao NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR.

O percentual apresentado é referente a 36,7 milhões de moradias brasileiras. A elaboração da pesquisa aconteceu a partir de entrevistas a moradores de 23 mil residências, as quais estão distribuídas em mais de 350 cidades de todo o país.

A aplicação das entrevistas aconteceu no período entre novembro de 2016 e junho de 2017.

 

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Uma disparidade entre classes sociais brasileiras ainda é evidente quando o assunto é acesso a internet, conforme aponta a pesquisa. Mas não somente o poder econômico determina esta desigualdade, a localização é um fator de peso para a distancia nesta lacuna.

 

Domicílios das Classes D/E

Apenas 23% estão conectados à internet

 

Domicílios das Classes A/B

Nestas classes a inclusão digital chegou ao índice de 98% e 91%, respectivamente.

 

Áreas Rurais

26% das residencies rurais estão conectadas, enquanto 59% dos domicílios urbanos possuem conexão a internet.

 

COMPARATIVO ENTRE DISPOSITIVOS

Em 2016, o público-alvo que constituiu a pesquisa em domicílios brasileiros, foi de cidadãos com dez anos ou mais.

Ao todo o Brasil atingiu a marca de 107,9 milhões de pessoas conectadas segundo o TIC Domicílios.

 

CELULAR

Os Smartphones se sobressaem em relação aos computadores nesta pesquisa. 93% dos usuários afirmam acessar a internet através do dispositivo móvel, um crescimento de 4% em relação a pesquisa de 2015. O fato se deve muito à suba de conexões 3G e 4G durante este período.

 

COMPUTADORES

O percentual do grupo de usuários de computadores caiu para 57% no intervalo de 1 ano. O montante de internautas que utilizavam o PC já chegou a ser 80% dos usuários em anos anteriores (meados de 2014) conforme apontou o TIC.

Nas classes A/B, a navegação é feita por celulares e PCs, já nas classes C, D e E há predominância de apenas o celular, o que, na opinião dos especialistas do Cetic.br, restringe as possibilidades de uso.

“Nas classes menos favorecidas, o uso é praticamente exclusivo pelo celular. O dispositivo é relevante para inclusão digital, mas restringe usos mais sofisticados como a geração de conteúdo e programação”, destacou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

 

BANDA LARGA FIXA

Conforme já viemos acompanhando mensalmente nos últimos tempos, a banda larga fixa registrou aumento em sua base de acessos, passando de 23,4 milhões, representando 64% dos acessos em residências brasileiras. A inclusão digital em moradias brasileiras vem avançando cada vez mais em localidades de difíceis acessos, em inúmeras vezes através dos esforços e investimentos dos provedores regionais.

 

QUER SABER MAIS DADOS? TODA A PESQUISA NO LINK ABAIXO

Para ter acesso a todos os índices levantados pelo Cetic.br, basta clicar no link abaixo:

http://cetic.br/pesquisa/domicilios/indicadores

 

 

FONTE: G1, Abranet