A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou um balanço sobre o setor que traz dados interessantes sobre o cenário e o comportamento do consumir, que reflete também nas demandas desse público. No levantamento referente ao mês de julho deste ano, a agência registrou que o Brasil deixou de ter 135,6 mil linhas de telefone fixo. Em contrapartida, o serviço de banda larga demonstra crescimento, uma vez que acesso à internet passou a se tornar indispensável ao brasileiro. É o sétimo mês seguido de crescimento. Com o incremento de 169,1 mil pontos de banda larga fixa, o país soma mais de 26,3 milhões de pontos com o serviço de acordo com os dados obtidos em julho.

Porém, o presidente da Anatel, Juarez Quadros, tem como meta para a sua gestão ampliar esse acesso. Estimativas do órgão apontam que 75% das residências do Brasil ainda não têm acesso à banda larga. Na opinião de Quadros, isso se deve à falta de cobertura dos serviços em regiões mais afastadas dos centros urbanos.

Já os serviços de TV por assinatura sofreram uma retração nos dados obtidos em agosto. O número de assinantes encolheu em cerca de 673 mil clientes. Na comparação com 2015, a queda é de 3,5%. Esse tipo de serviço é um dos primeiros a sentir os efeitos da crise econômica, uma vez que as famílias passam a cortar gasto naquilo que considera supérfluo. No total, ainda são 18,9 milhões de assinantes espalhados em território nacional, o que representa cerca de 27,78% das residências do país.

Para o engenheiro Maurício Dambros, da MHemann, os números da Anatel comprovam duas tendências no mercado de telecomunicações: a necessidade de universalização do acesso à banda larga e também a movimentação mundial para serviços convergentes na internet.